Prólogo ზ

6 de março de 2014

   Estacionei o carro em frente a escolinha da Clara, desliguei o radio, tirei o cinto, peguei minha bolsa e desci. Travei as portas e atravessei a rua, indo em direção ao portão principal que acabará de abrir. Percebi que havia chegado mais cedo do que de costume e a minha pequena ainda não estava por ali. Tentei me distrair mexendo no celular, mas ao olhar em direção a avenida, algo me roubou os sentidos. Foi automático meus olhos encontrarem aquele sorriso que eu conhecerá tão bem um dia. Senti uma sobrecarga de lembranças percorrer meu corpo. Ha dias eu não o via, e agora ele estava ali ao mesmo tempo tão perto e tão longe de mim No banco de trás do carro junto com ele, estava a moça que provavelmente é a noiva que a mídia tanto fala, sim, ele vai se casar. É insuportável dizer/ouvir  isso. Fechei os olhos por um segundo desejando que o sinal já tivesse ficado verde quando eu voltasse a abrir-los e foi quando ouvi a voz da minha pequena e agradeci mentalmente a Deus.
Clara: mamãe - correu em minha direção, me abaixei, abri os braços e ela me abraçou apertado, levando pra longe qualquer tipo de angustia que me coração estivesse querendo reviver. Olhei pra professora e sorri.
Olivia: vamos meu amor ? - levantei e segurei sua mãozinha 
Clara: vamos - sorriu. Ah esse sorriso, esse sorriso lindo que ainda desperta tantas lembranças dentro de mim. Tentei fazer minha cabeça voltar a raciocinar e caminhei com a Clara até o carro. Abri a porta de trás coloquei-a na cadeirinha, fechei a porta, entrei no carro, coloquei o cinto e antes mesmo de dar partida a minha tagarela começou a contar como foi seu dia. Não é sempre que eu posso vir buscar ela na escola, mas quando posso faço questão, porque não ha nada que me faça mais feliz nessa vida do que a Ana Clara. Liguei o radio, e como se o Destino tivesse tirado o dia pra me trazer lembranças, estava tocando Antes de dizer a Deus, Thiaguinho "Não esqueço aquela época da escola em que você matava aula pra me ver jogando bola, me passava seu caderno e as vezes dava cola, e a gente namorava no escuro do cinema. Eu chorei quando você saiu de cena.". Desliguei o radio, respirei fundo e arranquei com o carro, tentando deixar pra trás qualquer vestígio de lembrança dele, mas era impossível quando a maior delas, estava bem ali, sorrindo pra mim pelo retrovisor...

Deixem nos comentarios o que acharam do Prólogo e o que esperam da historia

só vai depender de vocês pra eu postar 

Espero que gostem 

bjs Larinha